domingo, 20 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO


Morreu o homem, ficou a obra. Está de luto e glória a Língua Portuguesa.

“Termino. A voz que leu estas páginas quis ser o eco das vozes conjuntas das minhas personagens. Não tenho, a bem dizer, mais voz que a voz que elas tiverem. Perdoai-me se vos pareceu pouco isto que para mim é tudo."
(últimas palavras do discurso de José Saramago a 7 de Dezembro de 1998 na Academia sueca, aquando da atribuição do prémio Nobel da Literatura)

Todos os nossos nomes estão lá, na sua obra.

Blimunda e Baltazar de "O Memorial do Convento"


Não tinham medo, estavam apenas assustados com a sua própria coragem. O padre ria, dava gritos, deixara já a segurança do prumo e percorria o convés da máquina de um lado a outro para poder olhar a terra em todos os seus pontos cardeais, tão grande agora que estavam longe dela, enfim levantaram-se Baltasar e Blimunda, agarrando-se nervosamente aos prumos, depois à amurada, deslumbrados de luz e de vento, logo sem nenhum susto, Ah, e Baltasar gritou, Conseguimos, abraçou-se a Blimunda e desatou a chorar, parecia uma criança perdida, um soldado que andou na guerra, que nos Pegões matou um homem com o seu espigão, e agora soluça de felicidade abraçado a Blimunda, que lhe beija a cara suja, então, então. O padre veio para eles e abraçou-se também, subitamente perturbado por uma analogia, assim dissera o italiano, Deus ele próprio, Baltasar seu filho, Blimunda o Espírito Santo, e estavam os três no céu, Só há um Deus, gritou, mas o vento levou-lhe as palavras da boca. Então Blimunda disse, Se não abrirmos a vela, continuaremos a subir, aonde iremos parar, talvez ao sol.

Josefa, a Avó de José Saramago



CARTA PARA JOSEFA, MINHA AVÓ

Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo - e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira - sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietnan é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa; já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (contaste-mo tu ou terei sonhado que mo contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrugada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos - e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Quem to roubou? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti - e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.

Não teremos, realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são como as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas - e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, por que te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranqüila necessidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: «O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!»

É isto que eu não entendo - mas a culpa não é tua

o meu avô - José Saramago


Talvez o dia chuvoso seja o responsável desta melancolia. Somos uma máquina complicada, em que os fios do presente activo se enredam na teia do passado morto, e tudo se cruza e entrecruza de tal maneira, em laçadas e apertos, que há momentos em que a vida cai toda sobre nós e nos deixa perplexos, confusos, e subitamente amputados do futuro. Cai a chuva, o vento desmancha a compostura árida das árvores desfolhadas - e dos tempos passados vem uma imagem perdida, um homem alto e magro, velho, agora que se aproxima, por um carreiro alagado. Traz um cajado na mão, um capote enlameado e antigo, e por ele escorrem todas as águas do céu. À frente, caminham animais fatigados, de cabeça baixa, rasando o chão com o focinho. Homem e bichos avançam sob a chuva. É uma imagem comum, sem beleza, terrivelmente anónima.

Mas o homem que assim se aproxima, vago, entre cordas de chuva que parecem diluir o que na memória não se perdeu, é meu avô. Vem cansado, o velho. Arrasta consigo setenta anos de vida difícil, de desconforto, de ignorância. E, contudo, é um homem sábio, calado e metido consigo, que só abre a boca para dizer as palavras importantes, aquelas que importam. Fala tão pouco (são poucas as palavras realmente importantes) que todos nos calamos para o ouvir quando no rosto se lhe acende qualquer coisa como uma luz de aviso. Fora isso, tem um modo de estar sentado, olhando para longe, mesmo que esse longe seja apenas a parede mais próxima, que chega a ser intimidade. Não sei que diálogo mudo o mantém alheado de nós. O seu rosto é talhado a enxó, fixo mas expressivo, e os olhos, pequenos e agudos, têm de vez em quando um brilho claro como se nesse momento alguma coisa tivesse sido definitivamente compreendida. Parece uma esfinge, direi eu mais tarde, quando as leituras eruditas me ajudarem nestas comparações tão abonatórias de uma fácil cultura. Hoje digo que parecia um homem.

E era um homem. Um homem igual a muitos desta terra, deste mundo, um homem sem oportunidades, talvez um Einstein perdido sob uma camada espessa de impossíveis, um filósofo (quem sabe?), um grande escritor analfabeto. Alguma coisa seria, que não pôde ser nunca. Recordo agora aquela noite morna de verão, que dormimos, nós dois, debaixo da figueira – ouço-o ainda falar da vida que tivera, da Estrada de Santiago que sobre as nossas cabeças resplandecia (as coisas que ele sabia do céu e das estrelas), do gado que o conhecia, das histórias e lendas que eram o seu cabedal da infância remota. Adormecemos tarde, enrolados na manta lobeira, que a madrugada refrescaria com certeza e o orvalho não caía só sobre as plantas.

Mas a imagem que me não larga é a do velho que caminha sob a chuva, obstinado e silencioso, como quem cumpre um destino que nada pode modificar. A não ser a morte. Mas, nesta altura, este velho, que é meu avô, ainda não sabe como vai morrer. Ainda não sabe que poucos dias antes do seu último dia vai ter a premonição (perdoa a palavra, Jerónimo) de que o fim chegou, e irá, de árvore em árvore do seu quintal, abraçar os troncos, despedir-se deles, dos frutos que não voltará a comer, das sombras amigas. Porque terá chegado a grande sombra, enquanto a memória o não fizer ressurgir no caminho alagado ou sob o côncavo do céu e a interrogação das estrelas. Só isto – e também o gesto que de repente me põe de pé e a urgência da ordem que enche o quarto aquecido onde escrevo.

José Saramago, Deste Mundo e do Outro

A Maior Flor do Mundo

José Saramago não esqueceu os mais pequenos.

A Maior Flor do Mundo

Curta metragem

Área de Projecto/ Sons e Palavras - Diogo Peixoto -5º D

Baseado na história “ A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago


Um dia um senhor de idade estava a observar um besouro que estava com uma bola de excremento. Passa um carro cor-de-rosa, moderno, que parou perto de uma árvore, onde estava uma flor muito bonita, que podia morrer se ficasse exposta ao sol. Aquela árvore oferecia uma bela sombra e permita que a flor crescesse e sobrevivesse.
O pai de um menino chamado João, de cabelo castanho e olhos azuis, estava a arrancar a verde árvore. O João ao ver o besouro seguiu-o. Sr. Tomé, o pai do menino, já tinha retirado a árvore e colocado a mesma no moderno carro. O menino já estava com o besouro dentro de uma caixa com furos. Este, assustado, fazia-se de morto. O besouro pensava que o João lhe iria fazer mal, mas deixou-se ir dentro da pequenina caixa. Lá seguiram os três num longo caminho até casa. Nesse caminho, o menino observou uma grande loja de flores. Quando chegaram, Sr. Tomé estacionou o carro na garagem, dirigindo-se para sua linda mulher. O menino, com a caixa na mão, mostrava aos seus pais o besouro, mas eles não ligaram. Sua mãe estava a ler a revista, e seu pai a colocar a árvore no jardim. O besouro aproveitou-se da situação do João abrir a caixa e voou…
João, desesperado, deixou cair a caixa e seguiu-o. Colocou a escada no muro e lá foi ele, passando por grandes perigos. Passou por máquinas de construção que estavam a trabalhar e atravessou o rio por cima de uma árvore.
Emocionado com a aventura, deixou-se ir até que viu um grande espaço verde e ficou espantado com a beleza da natureza. O besouro escondia-se debaixo de uma pequena folha, junto a uma árvore, e João procurava-o. Viu um grande campo cheio de flores e perseguiu uma borboleta que o levou ao sítio onde o seu pai tinha arrancado a árvore.
Mal viu a flor murcha, teve uma ideia! Foi à beira da flor e observou-a. Lembrou-se do rio azul, de água límpida, por onde tinha passado. A sua ideia era regá-la, mas não sabia como! Pensou e achou outra ideia: i ir ao rio e trazer a água com as suas próprias mãos. Sem mais demoras, foi ao rio e trouxe água vezes sem conta até que a flor cresceu. Cresceu até ficar enorme, a maior flor do mundo!
João, cansado por ter ajudado a flor, deitou-se perto dela e adormeceu. Esta, muito agradecida com o gesto do menino, deixou cair uma das suas enormes pétalas sobre o corpo de João para este se sentir mais aconchegado.
Em casa, depois de ter acabado de ler a revista, a mãe do menino deu por falta do mesmo e alertou, de imediato, o seu marido. Estes correram atrás de marcas deixadas por João. Quando o encontraram o pequeno, que dormia sossegadamente, abraçaram-no fortemente. Voltaram para casa e o besouro com pena de não ter ficado com o menino despediu-se de João.
Normalmente os pais é que dão o exemplo. Neste caso, o menino chamado João era inteligente, por isso é que tratou de uma pequena flor e deu o exemplo aos pais.
Não devemos arrancar as árvores, não estamos a contribuir para o ambiente e é por isso que cada vez menos existem florestas. Cortam todas as árvores existentes para construírem moradias. Isto é um mau exemplo. Além disso, não devemos fazer fogueiras nas florestas. Estas podem causar grandes danos, matando seres vivos e plantas, destruindo toda a verdura.

A propósito de A Maior Flor do Mundo Guilherme 5º D

Numa linda manhã de Verão, Mago observava o jardim da sua casa, e achou que algo lá faltava. Então decidiu ir ao monte procurar uma árvore acompanhado pelo seu filho José.
Quando lá chegaram, José deparou com um senhor de idade a observar, com a ajuda de uma lupa, um querido besouro que atarefadamente recolhia o seu alimento.
Enquanto o seu pai recolhia a árvore, o menino apanhou um besouro do chão e meteu-o dentro de uma caixa com pequenos furos.
De volta a casa, José observava os seus pais que se movimentavam de um lado para o outro, com os seus afazeres, sem se aperceberem da intenção do menino que era mostrar o seu recente amigo, o pequeno besouro. Sem querer, o menino descuidou-se com a tampa da caixa, o que favoreceu a fuga do pequeno bicho. O menino, atrapalhado, subiu um escadote para ver o destino que o besouro tomava, pois gostou do pequeno bicho, e queria fazer dele o seu animal de estimação.
Sem dar importância à zona de perigo que encontrava pela frente, José correu atrás do besouro que o levou até à margem de um rio, sobrevoando para a outra margem. Encantando-se com a paisagem tão verde da outra margem do rio, José, indeciso se deveria seguir o caminho ou não, resolveu atravessar o rio. Foi caminhando pela zona verde apreciando a tão bela natureza, já sem se dar conta do pequeno besouro que assustado se ia escondendo dele. José, muito atento, avistou as árvores, os troncos, as flores e até mesmo uma borboleta viu levantar voo, de uma flor. Então correu atrás dela distanciando-se da zona verde, até que avistou um vale onde só havia areia e uma inocente flor desidratada. Muito admirado, José apercebeu-se que aquela pequena e inocente flor estava rodeada por uma zona sem vida.
Muito consciente do problema e com pena da flor, José foi ao rio que tinha encontrado pelo caminho, e com suas mãos foi buscar água para regar a pequena flor, efectuando várias viagens. A flor foi crescendo, crescendo até chegar ao ponto de ficar maior do que o menino e do que as casas da aldeia onde vivia.
Quando os pais de José, Sara e Mago repararam que ele não estava em casa, preocupados, decidiram ir à sua procura, caminhando até ao seu encontro. Quando encontraram José, este encontrava-se a dormir junto da gigante flor coberto por uma pétala que lhe foi oferecida pela mesma, como gratidão pelo seu esforço.
José, Sara e Mago observaram a gigante flor com muito entusiasmo, apercebendo-se de que a natureza também precisa de cuidados.

A maior flor do mundo por Bruno Gomes 5º D


Era uma vez um menino chamado José. Era pequenino, tinha a pele clara, com sardas e tinha o cabelo ruivo. Os seus pais andavam sempre muito ocupados, e por isso, não lhe davam muita atenção.
Certo dia, o pai do José foi à floresta e levou o pequeno traquina, que estava muito entusiasmado. A floresta era espantosa! Era verdinha, os passarinhos cantavam e os peixes coloridos enfeitavam o límpido rio.
“É o sítio ideal para fazer piqueniques” - pensava José.
De seguida, o pai dele arrancou uma árvore bebé que protegia do forte sol um girassol ainda mais pequeno e indefeso. Sem a sombra da árvore, a pequena flor começou a murchar. Pelo caminho, o pequeno José encontrou um besouro, apanhou-o e colocou-o numa caixa com furinhos para que o bichinho não morresse. Quando voltaram a casa, José quis mostrar o seu novo amigo aos pais, mas como sempre, eles estavam ocupados. Tentando mostrar o bichinho aos pais, deixou a caixa aberta e sem querer ele fugiu. Mas como José era destemido, e era uma criança cheia de vida, não hesitou em perseguir o seu novo amigo. Sem saber o perigo que corria, lá foi ele numa nova aventura. O besouro fugiu para a floresta perto de onde o pai tinha arrancado a árvore bebé. Pelo meio da floresta, ao tentar apanhar o bichinho, reparou que havia um local onde a terra estava seca. Não havia árvores, relva, animais, sombras, nem um rio com água limpa. Foi aí que viu que o girassol estava a secar e ficou preocupado. Sem mais demoras, foi a correr em direcção ao rio buscar água para regar a pequena flor. A água parecia desaparecer nas pequenas mãos de José. José não desistiu de salvar o girassol e dirigiu-se várias vezes ao rio em busca de água para salvar o belo girassol que ia crescendo à medida que era regado.
“A amizade também alimenta”- pensava o pequeno menino, que percebeu que não basta alimentar o corpo, o coração também precisa de ser alimentado. O menino queria um novo amigo, alguém com quem pudesse estar, falar, sorrir, fosse esse amigo um pequeno besouro ou um girassol. José sabia o que era não ter atenção e, por isso, prontificou-se a salvar a pequena flor.
Cansado de tanto correr até ao rio em busca de água, José adormeceu á sombra do enorme girassol… Enquanto adormecia, José pensava o quanto custava trabalhar, e, apesar de pequeno, percebeu que o trabalho também é gratificante.
O belo girassol percebendo o enorme gesto do pequeno José, lançou sobre ele uma das suas pétalas que o cobriam e aconchegavam enquanto dormia.
Estava a anoitecer quando os pais de José repararam que ele não se encontrava em casa. Foram à sua procura no jardim e repararam que a escada estava junto ao muro e dirigia-se para o bosque. Saltaram para o muro e dirigiram-se para a floresta sem se aperceberem dos perigos aos quais o filho deles estivera exposto.
Já no meio da floresta encontraram o seu filho José deitado junto ao enorme girassol coberto por uma das suas pétalas.
Eles aprenderam uma lição que é dar mais atenção ao filho, e, como vimos, os maiores protegem os mais pequenos, e os pais é que deviam dar o exemplo ao filho e foi o filho que deu o exemplo aos pais.
As crianças podem não ter noção das coisas, mas às vezes dão lições de vida aos adultos.

Ainda a propósito de" A maior flor do mundo " por Gabriel Branco 5º D

Um dia o pai do Tiago observava o seu jardim, quando reparou que lhe faltava alguma coisa, uma árvore!
Meteram-se no carro rosa a caminho do monte. Pelo caminho passaram por um cabeleireiro, onde a mãe de Tiago estava.
Chegaram ao destino, mas um pouco antes estava um senhor de certa idade, que com a ajuda de uma lupa observava um besouro, que fazia uma bola de excremento.
O pai, moreno e alto foi à procura do que lhe faltava no seu jardim. Uns metros mais à frente, avistou uma pequena e maravilhosa árvore que ficaria perfeita no seu jardim. Foi buscar a serra à mala do seu carro, enquanto isso o Tiago, de estatura média, cabelo louro, viu um pequeno besouro que fazia o seu alimento. Foi ao carro buscar uma caixa de sapatos, com pequenos furos, para levar o insecto para casa. O pai dele arrancou a árvore que protegia um indefeso girassol.
Voltaram para casa e o miúdo queria mostrar o amigo que tinha encontrado, mas como sempre os pais não lhe deram atenção, então o menino com esperança ia mostrar o animal à sua mãe que já tinha voltado do cabeleireiro. A mãe que estava a ler uma revista e não deu atenção nenhuma ao pequeno amigo do seu filho, então o menino desanimado deixou fugir o pequeno animal para uma zona proibida.
O menino olhou para os seus pais e encostou uma escada ao muro e saltou para o outro lado sem reparar no sinal de aviso.
Uns metros mais abaixo viu o seu amigo a fazer uma bola de excremento, o amigo avistou-o e voou para o outro lado do rio. Tiago olhou para sua casa e atravessou o rio onde corria água límpida e cujos peixes brilhavam. Junto ao rio cresciam belos choupos, relva em abundância e formava uma bela paisagem. Era um sítio maravilhoso para se fazerem belos piqueniques. O menino avançou uns metros e viu que o sítio onde se encontrava era diferente de todos os sítios por onde tinha passado, era um deserto! Depois de muito olhar viu uma indefesa flor quase morta. Então, correu até ao rio e com as suas pequenas mãos levou água para a flor fazendo várias viagens de ida e volta. Cada vez que o Tiago regava a flor esta crescia cada vez mais.
Tiago, cansado, adormeceu junto da sua nova amiga. A flor, como agradecimento, deixou cair uma pétala para e cobriu-o. Mais tarde, os pais de Tiago deram pela sua falta. Juntos procuraram por toda a aldeia e caminharam até junto ao rio. O pai olhou em frente e viu a bela flor, foi até ela e, com grande espanto, viu o seu filho dormindo coberto por uma pétala .
O pai do pequeno menino foi contar a toda a aldeia a bela flor que existia junto ao rio. As pessoas quando foram admirar a bela flor repararam que só havia casas em volta da mesma, casas que destruíram toda a paisagem existente.
Os pais devem dar o exemplo, mas neste caso foi Tiago quem o deu.

sábado, 12 de junho de 2010

Dia do Agrupamento



Celebrámos o dia do Agrupamento com um conjunto de actividades diversificadas, mas todas elas fundamentadas nos valores que sustentam o Projecto Educativo: Liberdade, Responsabilidade, Solidariedade e Humanismo.

Inicíamos o dia com a concentração de todos os alunos no átrio exterior da escola, para formarmos uma bandeira humana comemorativa do Centenário da República. Os alunos do 2º ciclo formaram a parte verde, os do 3º, a parte vermelha e o centro, a esfera armilar e as quinas, foi constituido pela Mesa da Partilha, alimentos de longa duração trazidos por toda a Comunidade Educativa para o Banco Alimentar. Tivemos ainda a representação dos alunos dos JI e do 1º ciclo que constituiram o Mastro. Recolhemos 1346 quilos de alimentos. Para essa recolha a sensibilização foi dada pela expressão " O que damos a quem precisa + nunca nos faz falta."

Seguiu-se um momento lúdico de Jogos Tradicionais, um elemento da nossa identidade cultural.

À noite homenageámos os colegas e funcionários que se aposentaram, porque numa instituição o mais importante são sempre as pessoas.