sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Leitura para o fim de semana


Valter Hugo Mãe Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do Antonino e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe.

Sugerimos também a leitura da sua crónica no JL.

Anda, a Ivone lê...



Esta iniciativa é nova e destina-se a ser desenvolvida nas bibliotecas do 1º ciclo de Esporões e de Nogueira. É uma acção de voluntariado cultuural da professora Ivone Pais, agora aposentada. Ler histórias é uma coisa que faz há anos, de que gosta muito e faz bem. Queremos pôr as histórias ao serviço do imaginário, mas também do conhecimento.

Outubro, mês das Bibliotecas Escolares.


Outubro,um mês tradicionalmente de colheitas mas que nós queremos de boa sementeira.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

acordo ortográfico ( cont.)

3. Maiúsculas e minúsculas
Base XIX
Das minúsculas e maiúsculas
2. Maiúsculas minúsculas
Introduzem-se algumas alterações e estabelecem-se novas sistematizações no uso de maiúsculas e minúsculas.

Passam a escrever-se com minúscula

a) Os meses do ano;
b) As estações do ano;
c) Os pontos cardeais e colaterais;
d) As designações usadas para mencionar alguém cujo nome se desconhece ou se prefere evitar:

Como era antes Como é agora
a) Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho... janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho
b) Primavera, Verão, Outono, Inverno primavera, verão, outono, inverno
c) Norte, Sul, Este, Oeste, Nordeste, Noroeste norte, sul, este, oeste, nordeste, noroeste...
d) Fulano, Sicrano, Beltrano fulano, sicrano, beltrano


Empregam-se, facultativamente, letras minúsculas em:

a) Disciplinas escolares, cursos e domínios de saber.
b) Nomes de vias, lugares públicos, templos ou edifícios.
c) Formas de tratamento e dignidades.
d) Nomes de livros ou obras, exceto o primeiro elemento e os nomes próprios que se grafam com maiúscula inicial.

Como era antes Como é agora
a) Matemática matemática ou Matemática
b) Igreja dos Congregados
Rua do Souto
Avenida da Liberdade Igreja dos Congregados ou igreja dos Congregados
Rua do Souto ou rua do Souto
Avenida da Liberdade ou avenida da Liberdade
c) Santa Rita
Exmo. Senhor Santa Rita ou santa Rita
Exmo. Senhor ou exmo. senhor
d) Memorial do Convento Memorial do Convento ou Memorial do convento


Continuam a escrever-se com maiúscula

a) Os nomes dos pontos cardeais e colaterais quando estas designações se referirem a uma região, ou quando se usam as correspondentes abreviaturas;
b) As festividades;
c)Os títulos de jornais e revistas

a) norte, sul, este MAS N (norte), S (sul);
A Finlândia é um país do Norte (norte da Europa)
b) abril 25 de Abril
c) Memorial do convento Diário de Notícias

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Acordo ortográfico (cont.)

Base IV
Das sequências consonânticas

O Acordo Ortográfico prevê a supressão das consoantes mudas ou não articuladas. Nos casos em que há oscilação da pronúncia, aceitam-se as duas grafias.

1. O c e o p

a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;

b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo;

c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção;

d) Quando, nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.


2. Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da sequência bd, em súbdito; o b da sequência bt, em subtil e seus derivados; o g da sequência gd, em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdaloide, amigdalopatia, amigdalotomia; o m da sequência mn, em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc.; o t da sequência tm, em aritmética e aritmético.

ASSIM:
São suprimidas as consoantes mudas ou não articuladas em determinadas sequências consonânticas. Mantêm-se as consoantes que se pronunciam, ou seja, todas aquelas que são articuladas. Assim, há vocábulos com as mesmas sequências consonânticas cuja ortografia muda e outros cuja ortografia não muda.

MUDA
cc → c

accionar → acionar
coleccionar → colecionar
direccional → direcional
fraccionar → fracionar
leccionar →lecionar
seleccionar → selecionar


NÃO MUDAcc = cc

faccioso
ficcional
friccionar
etc


MUDA
cç → ç

acção → ação
colecção → coleção
direcção → direção
correcção → correção
injecção → injeção
selecção → seleção

NÃO MUDAcç = cç

convicção
ficção
sucção
etc


MUDA

ct → t

actual → atual
adjectivo → adjetivo
colectivo → coletivo
directo → direto
electricidade → eletricidade
objecto → objeto
projecto → projeto

NÃO MUDA ct = ct

bactéria
compacto
convicto
facto
intelectual
néctar
pacto
etc

MUDA
pc → c

decepcionar → dececionar
excepcional → excecional
recepcionista → rececionista

NÃO MUDApc = pc

capcioso
egípcio
núpcias
opcional
etc.


MUDA

pç → ç
acepção → aceção
adopção → adoção
decepção → deceção
excepção → exceção
intercepção → interceção
recepção → receção


NÃO MUDA

pç = pç

corrupção
erupção
interrupção
opção
etc.


MUDA

pt → t

adoptar → adotar
baptizar → batizar
contraceptivo → contracetivo
Egipto → Egito
óptimo → ótimo
susceptível → suscetível

NÃO MUDApt = pt

adepto
apto
eucalipto
inepto
rapto
etc.

Estabelece-se o uso facultativo de dupla grafia dos numerosos vocábulos em que se verifica oscilação de pronúncia, ou seja, nos casos em que a norma culta do português padrão produz, para o mesmo vocábulo, uma pronúncia em que a consoante é articulada e outra pronúncia sem registo dessa consoante.

cetro ou ceptro
dececionar ou decepcionar
infecioso ou infeccioso
inseticida ou insecticida
setor ou sector

sábado, 24 de setembro de 2011

Acordo ortográfico 1

Vamos a pouco e pouco publicar sínteses das mudanças ocorridas com a aprovação do acordo, um trabalho de síntese realizado pela professora Rosa Vale, a quem muito agradecemos.



(1990)

Base I

Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados
1. Alfabeto
São introduzidas as letras k, w e y, que passam a integrar oficialmente o alfabeto da língua portuguesa. Assim, o alfabeto passa a ser constituído por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula, a saber:

a A á, b B bê, c C cê, d D dê, e E é, f F efe, g G gê ou guê, h H agá, i I i, j J jota, k K capa ou cá, l L ele, m M eme, n N ene, o O ó, p P pê, q Q quê, r R erre, s S esse, t T tê, u U u, v V vê, w W dáblio, x X xis, y Y ípsilon, z Z zê

Obs.:
1 - Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).

2 - Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.

As letras k, w e y usam-se:
a) Nos antropónimos de origem estrangeira e nas palavras que deles derivam.

b) Nos topónimos de origem estrangeira e nas palavras que deles derivam, quando não existe a forma portuguesa – Nova Iorque, Bordéus...

c) Nas siglas, símbolos, unidades de medida e unidades monetárias internacionais.

d) Nas palavras de origem estrangeira de uso corrente.

a) Darwin – darwinismo; Kant – kantiano
b) Kosovo – kosovar; Washington – washingtoniano
c) kg (quilograma), km (quilómetro) WC (Water Closet), WWW (World Wide Web)
d) kart, windsurfista, yoga

Bom fim de semana



Sempre com uma boa história.

"Ler devia ser proibido"



Vejam e oiçam,porque vale a pena.

http://youtu.be/iRDoRN8wJ_w

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Acordo ortográfico



O novo acordo ortográfico - org. Mónica Balsemão, Ana Paula Baltazar. Ed. Impresa - 42 páginas
Nota: versão digitalizada não editável.

Download PDF: http://min.us/l4bBBmnasAKU

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Júlio Resende

"Voo das Aves", Júlio Resende 1995/6



"Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber."
Eugénio de Andrade

Júlio Resende 1917/2011



Júlio Resende (Porto, 23 de Outubro de 1917) é um pintor português.
Diplomou-se em Pintura em 1945 pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde foi discípulo de Dórdio Gomes. Fez a sua primeira aparição pública em 1944 na I Exposição dos Independentes. Em 1948, partiu para Paris, recebendo formação de Duco de la Haix e de Otto Friez. O trabalho produzido em terras gaulesas é exposto em Portugal em 1949 e as propostas a(c)tualizadas que Resende demonstra são acusadas pelos artistas portugueses, definindo a sua vocação de expressionista. Assimilou algum cubismo, vai construir na sua fase alentejana, e mais tarde no Porto, uma pintura caracterizada pela plasticidade e dinâmica, de malhas triangulares ou quadrangulares, aproximando-se de forma progressiva da não figuração. Do geometrismo ao não figurativismo, do gestualismo ao neofigurativo, a sua arte desenvolve-se muma encruzilhada de pesquisas, cuja dominante será sempre expressionista e lírica. Pintor de transição entre o figurativo e o abstra(c)to, Resende distingue-se também como professor , trazendo à escola do Porto um novo espírito aos alunos que a frequentaram na década de 1960.
A obra pictórica de Júlio Resende revela que ele compreendeu a pintura europeia, porque a observou, experimentou e soube transmitir aos pintores e aos alunos que ele formou na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.

Faleceu Júlio Resende



Faleceu há poucas horas JÚLIO RESENDE. Com 93 anos. Obra admirável, inesquecível. Prestamos a nossa modesta e sentida homenagem. Esperamos que a Cultura Portuguesa seja digna e justa para com ele.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Recomeça



Já devíamos ter vindo aqui, mas motivos de trabalho de início de ano, foi-nos impedindo. Mais vale tarde do que nunca e, por isso, aqui estamos e nada melhor do que fazê-lo com um poema.

RECOMEÇA


Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.

E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.

És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

MIGUEL TORGA