segunda-feira, 16 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca

“N não é uma menina, é karateca.
N tem 14 anos, quase 15, e o seu maior sonho é ser cinturão negro e beijar o Raul.
N gosta de escrever, mas prefere lutar com o Raul.
(Escrever é uma seca.)
Isto não é um diário. Não tem chave, não tem segredos.
(Sim, tem segredos.) Também tem vontade própria, páginas movediças, palavras como «diarreia» e «romântico» e personagens como a bruxa má que quer aprender a ser boa e a mosca que não sabia quem era.
Isto é o Caderno Vermelho da Rapariga Karateca. O objeto preferido de N, 
um animal de estimação, uma personagem, uma pessoa de verdade.
(O que é a verdade?)
O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca é a primeira obra de Ana Pessoa e venceu a última edição do prémio Branquinho da Fonseca — Expresso/Gulbenkian, 
na modalidade Juvenil. Com este título, o Planeta Tangerina inaugura a coleção 
para leitores mais crescidos Dois Passos e Um Salto.”

De Ana Pessoa · Bernardo Carvalho
Planeta Tangerina – coleção Dois Passos e Um Salto para leitores mais crescidos. PrémioBranquinho da Fonseca da Fundação Gulbenkian

o dia convida a mar




Incentivo à leitura



Belíssimo filme publicitário de incentivo à leitura. Em férias, há sempre uma biblioteca à tua espera para te dar um amigo com quem poderás vivier grandes avanturas. Em Braga tem a BLCS, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

este azul que me convida

Do poeta galardoado com o Prémio de Vida Literária 2012


ESTE AZUL QUE ME CONVIDA


Sou este azul que me convida

E transcrevo a paz, o sol dos dias.

E també, parto. E também ardo.

Depois disso desse suposto eu abreviado,

tão transparente e nítido, mastão transitivo...

apenas gestos rasos que são cardos,

apenas pedras fundas que sao sombras,

pequenos meteoritos que são conchas

de deuses antiquissimos e cansados.


João Rui de Sousa, in Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea

Prémio vida literária 2012

Muitos dos nossos leitores estão já de férias, mas de leituras nunca se está de férias. Continuaremos a passar por aqui, Hoje deixamos este apontamento sobre o prémio de vida literária atribuido ao poeta João Rui de Sousa e uma pequena nota biográfica.

O poeta, ensaísta e crítico literário João Rui de Sousa foi distinguido por unanimidade com o prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores/Caixa Geral de Depósitos de 2012.
Nascido em 1928, em Lisboa, João Rui de Sousa é poeta, ensaísta, crítico literário e investigador (integrou a equipa do Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea de 1982 a 1993). No ano passado, doou o seu espólio literário à Biblioteca Nacional de Portugal. O seu acervo é constituído por cartas de/a António Ramos Rosa, Eugénio Lisboa, João Bigotte Chorão, João Palma-Ferreira, Jorge de Sena, José Carlos Gonzalez, Luís Amaro, Luiz Pacheco, Natália Correia, Pedro da Silveira, e ainda correspondência com Egito Gonçalves, Eugénio de Andrade, Fernando Guimarães, Herberto Hélder, Liberto Cruz, Maria Alzira Seixo ou Matilde Rosa Araújo.
Das suas obras de poesia fazem parte “Circulação” (1960), “A Hipérbole na Cidade” (1960), “A Habitação dos Dias” (1962), “Meditação em Samos” (1970), “Corpo Terrestre” (1972) e, em 1983, reuniu os poemas publicados com inéditos em “O Fogo Repartido”. Na década seguinte editou “Enquanto a Noite, a Folhagem” (1991), “Palavra Azul e Quando” (1991), “Sonetos de Cogitação e Êxtase” (1994), “Obstinação do Corpo” (1996) e “Respirar pela Água” (1998).
Mais recentemente deu à estampa “Os Percursos, as Estações” (2000), “Obra Poética: 1960-2000” (2002), “Lavra e Pousio” (2005) e “Quarteto Para as Próximas Chuvas” (2008), que foi distinguido com o Prémio Nacional António Ramos Rosa e o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes.
No ensaio, João Rui de Sousa publicou “Fernando Pessoa Empregado de Escritório” (1985; 2º ed. revista e aumentada, 2010), “Este Rio de Quatro Afluentes” (1988), “António Ramos Rosa ou o Diálogo com o Universo” (1988).
João Rui de Sousa é ainda editor literário da antologia de poemas de Adolfo Casais Monteiro (1973) e das “Poesias Completas” do mesmo autor (1993).

in Público