domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dia da Língua(s) Materna(s)


Foi criado pela Unesco.

Extingue-se um idioma a cada 15 dias. Uma forma de falar, ouvir, pensar e representar o universo por parte do Homem desaparece para sempre a cada 15 dias, que é o ritmo de extinção das mais de 6.700 línguas existentes no mundo.
Em apenas duas gerações, terão desaparecido mais de metade destas línguas, ou seja, ter-se-ão perdido quase 4.000 formas de dizer «amor», segundo calculam os filólogos e linguistas.
A 21 de Fevereiro, a UNESCO celebra o Dia Internacional da Língua Materna
Segundo a UNESCO, as línguas são veículos de transmissão dos sistemas de valores e de expressões culturais, constituindo um factor decisivo para a identidade de cada pessoa.
Ainda que sejam uma componente essencial do património vivo da humanidade, definição dada pela organização cultural e educativa da ONU, mais de metade dos cerca de 6.700 idiomas que existem estão em perigo de extinção.
Algumas línguas encontram-se concentradas num só país, tal como acontece no México, país de língua espanhola que, segundo o catálogo da publicação especializada «Ethnologue», possui cerca de 297 línguas vivas, ainda que em algumas, como o uto-azteca Opata, restem poucas frases por pronunciar: em 1993, apenas 11 pessoas falavam este idioma no Distrito Federal e quatro no Estado do México.
Noutros países, a quantidade de línguas é ainda maior: existem 820 línguas na Papua-Nova Guiné, 737 na Indonésia, 536 na Nigéria, 427 na Índia e ainda mais de 300 línguas sobreviveram à conquista do oeste nos Estados Unidos.
Em alguns países, a taxa de extinção é vertiginosa, como o Brasil, país que tem catalogadas 235 línguas, e provavelmente alguma por descobrir, assistiu ao desaparecimento de 47 idiomas durante o século XX. As 188 línguas vivas brasileiras, excepto o português e o espanhol, ficam prejudicadas por pertencerem a comunidades muito pequenas e dispersas.

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