quarta-feira, 21 de março de 2012

todo o tempo é de poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã

à névoa do outro dia....

Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobram.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas qu'a amar se consagram.

Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação do caos

à confusão da harmonia.


António Gedeão

Nenhum comentário:

Postar um comentário