Pertencente
à primeira geração de pintores modernistas portugueses. Amadeo de Souza-Cardoso
destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo
diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX.
"O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade
de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco
conhecido, com os artistas do seu tempo" . A sua pintura articula-se de
modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo,
atingindo em muitos momentos – e de modo sustentado na produção dos últimos
anos –, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional
sua contemporânea.
A
morte aos 30 anos de idade irá ditar o fim abrupto de uma obra pictórica em
plena maturidade e de uma carreira internacional promissora mas ainda em fase
de afirmação. Amadeo ficaria longamente esquecido ,dentro e, sobretudo, fora de
Portugal: "O silêncio que durante longos anos cobriu com um espesso manto
a visibilidade interpretativa da sua obra [...], e que foi também o silêncio de
Portugal como país, não permitiu a atualização histórica internacional do
artista"; e "só muito recentemente Amadeo de Souza-Cardoso começou o
seu caminho de reconhecimento historiográfico".
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